segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Paparazzi do imaginário



                Tenho estado há dias sem escrever, apesar da coceirinha constante na ponta dos dedos. Idéias fugidias aparecem sorrindo só pra desaparecerem quando lhes olho no olho. Brincam de pique-esconde comigo. Mas não há de que, sou teimoso, sou cabeçudo e sou filho de papai lá em casa. Futucando escritos de um poeta bem conhecido, li que “escrever é exercício de sanidade”. Concordo, já discordando. E teimando. Pois escrevo justamente para dar vazão à minha loucura. Só assim libero o pensamento para correr por aí, feito um João Doido gritando atrás das crianças, pelas ruas da pequena e velha cidade. Só assim me torno aquele que gostaria de ser, livre de amarras e convenções. Que se lasquem as idéias fugidias, pois que continuem brincando comigo. De minha parte vou me armando de câmera imaginária e narrando os instantâneos e flagras que consigo capturar. E correndo pelas ruas, gritando atrás dos sorrisos das idéias imaginárias, joão doido que sou.

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