A
minha pitangueira carregou-se de frutos. A árvore da frente de minha casa, que
o povo daqui diz que é um sombreiro e minha irmã diz que é uma castanheira, já
se vestiu novamente, tal e qual mulher se arrumando pra sair. Devagar, bem
devagar. Aliás, a tal árvore ganhou iluminação (feita com material reaproveitado,
bem ecológica) e também a companhia de uma orquídea, presente do vizinho
orquidófilo.
Voltando
à pitangueira, que pitangas maravilhosas. Nunca tinha provado assim tão doces.
Minha lembrança de pitangas, de todas as pitangas que tinha provado desde a
infância, sejam elas ganhadas, compradas ou roubadas em algum quintal ou pomar,
eram de frutos bem azedos. Não que não goste, pelo contrário. Mas as pequeninas
e doces que tenho no meu pomar-quintal privilegiado, são de matar o guarda.
Diante
da fartura, ontem enchi um pote com elas e levei pro trabalho. Mesmo tendo
feito bastante sucesso, não foi o suficiente para esvaziar a vasilha.
Resultado? Na correria da saída, esqueci o pote com os espólios pitanguísticos
em cima da mesa. Só quero ver na segunda como vai estar aquilo...
A
vantagem de se ter um micro pomar em casa é esta: logo esgotar-se-ão as
pitangas e começará a temporada dos araçás. Papa fina. Depois vem outra, no
outono. A aroeira, mas essa não é pro meu bico, e sim dos passarinhos que
aparecem por aqui pra encher a pança. Quem gosta é a gata de casa, delivery de
passarinho.
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